Sustentabilidade e o universo ESG são alguns temas muito discutidos atualmente, que agora vem ganhando mais visibilidade a um novo setor: o de logística das empresas. Segundo dados da Agência FIEP, 87% dos brasileiros preferem comprar de empresas sustentáveis, isso porque o consumidor vem se tornando cada vez mais conscientes de suas ações e impactos Esse novo comportamento reflete diretamente nas empresas e como se portam diante desse cenário. O setor de logística, obviamente, não ficaria de fora, por isso é aqui que surgem dois conceitos: logística verde e logística reversa. Mas eles são sinônimos? Qual a diferença se ambas se tratam de ser sustentáveis? Explicamos a seguir
A logística verde e a reversa são ambas voltadas para o meio ambiente, mas não são a mesma coisa. Basicamente, podemos dizer que a reversa foca no depois, que se trata do descarte correto de resíduos e produtos, já a verde se preocupa com o antes, realizando ações sustentáveis em sua cadeia antes mesmo dos produtos serem comercializados. Portanto, são coisas diferentes mas que andam lado a lado. Confira sobre cada uma
Sobre logística verde
A logística verde – ou logística ambiental – como dito, adota diversas políticas e medidas sustentáveis para que o impacto do setor da empresa sobre o meio ambiente seja o menor possível
Essa prática, porém, acaba por interferir nos processos, estruturas, sistemas ou equipamentos de transporte, distribuição e armazenagem das mercadorias e mais, para que o objetivo desse método seja alcançado: ter o equilíbrio econômico e ecológico.
Algumas das práticas que podem ser abordadas aqui são:
- Diminuição de emissão de carbono das operações
- Fazer uso conscientes dos recursos
- Planejamento para otimização de rotas de entregas, para assim atingir diminuição de km rodados
- Manutenções preventivas da frota
- Diminuição de consumo de papel
- Redução da dependência e uso de combustível fóssil
Sobre logística reversa
Já a logística reversa é a parte em que foca apenas no estágio de descarte correto para cada resíduo que a empresa gere. Ou seja, é o pensamento responsável por todos os produtos, resíduos e mais que a empresa acaba despejando no meio ambiente, que podem ser embalagens, materiais químicos, etc., dando atenção a eles mesmo depois quando já foram entregues.
Portanto, seguindo a lógica, a logística reserva é apenas uma fase da logística verde, que é muito maior e abrange mais processos anteriores
Dentre os processos que podem fazer parte dessa fase, podemos citar recolhimento de materiais para reciclagem, descarte correto de itens poluentes – óleos lubrificantes, pneus, baterias, etc .
Algumas empresas podem criar seu próprio sistema de logística reversa, mas também é possível participar de um projeto coletivo envolvendo várias instituições.
Em suma, a diferença entre elas é a abrangência, sendo a logística verde um ambiente bem maior que a reversa, que por sua vez está inserida dentro da outra. No mais, essas práticas já não são já uma opção, visto que leis atuais estão exigindo que as empresas se posicionem e ajam, e desde 2010 alguns setores são obrigados, por lei, a adotar uma logística mais sustentável, como o Decreto nº 7.746, de 2012, referente a um Plano de Gestão de Logística Sustentável, à luz da Lei nº 8.666.
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