Maioria não sabe o que significa ESG, mas apoia a prática

Em setembro, a empresa Google lançou uma plataforma de dados intitulada Impact! ESG para medir conhecimento do público. A plataforma Impact! ESG recém lançada, para […]

Em setembro, a empresa Google lançou uma plataforma de dados intitulada Impact! ESG para medir conhecimento do público.

A plataforma Impact! ESG recém lançada, para estudo de como os brasileiros enxergam a agenda foi uma parceria da gigante de tecnologia com a empresa de pesquisa MindMiners e Sistema B. Esse é um programa inédito mundial do Google (onde a empresa também contará com estratégias para ações e tomadas de posicionamentos ESG na prática levando em consideração a percepção dos consumidores), e no Brasil já ouviu 3 mil consumidores de todas as regiões e classes sociais,sobre posicionamento e ações de 274 marcas. Para avaliar foram usadas 35 condições ESG, dentre os seus três pilares- governança, social e ambiental.

Sobre os resultados dessa pesquisa, embora não seja um termo relativamente novo – haja vista que a primeira vez que foi citado foi no ano de 2004 – foi apontado que os brasileiros não compreendem completamente o conceito de ESG. Para se ter noção, de todos os entrevistados, quase metade deles (47%) não conhecem instituições que abordam o assunto, sendo apenas 1 em cada 5 já tendo ouvido falar sobre. Ademais, a média de associação feita pelos entrevistados entre conceitos e marcas participantes foi apenas de 13%, sendo um ranking com os setores mais bem avaliados: Beleza, Finanças, Bens de Consumo, Alimentação, Cuidados Pessoais, Tecnologia, Moda e Varejo.
Entretanto, a pesquisa também mostrou que quando os consumidores conhecem e entendem o que a sigla significa, a visão muda: 87% deles afirmaram que o tema é de suma importância e organizações tanto privadas como públicas devem tratar de tais práticas, subindo de número para 4 em 5 brasileiros considerando importante que as companhias desenvolvam ações ESG.

“Fomos ler os relatórios de ESG das empresas e percebemos um hiato na mensuração das mesmas. A partir disto, vimos a necessidade de ajudá-las a criar impacto e ser mais assertivas nas práticas e divulgação de informações” – Marco Bebiano, diretor de negócios dos segmentos de bens de consumo, moda e beleza, governo e tecnologia do Google Brasil

Ainda mais, além do nível de conhecimento, o estudo conta com dados sobre hábitos rotineiros dos participantes em questões ESG, como separação do lixo eletrônico (72%), separação de lixo reciclável e orgânico (69%), utilização de meios de transporte coletivos ou alternativos (72%), participação em ONGs ou projetos pelos direitos de populações sub-representadas (42%) e mais. A partir desses dados, é possível medir o Índice ESG, uma métrica desenvolvida pela MindMiners para computar o quanto os brasileiros associam uma determinada marca/instituição a um ou mais quesitos de meio ambiente, social e governança.

“É urgente que as empresas embarquem numa jornada de maturidade em suas estratégias de ESG, em uma análise interna sobre suas políticas, estruturas, operações (…) para se conectar com os consumidores, que podem ainda não compreender exatamente o que ESG significa, mas valorizam o engajamento das marcas com temas como a preservação do meio ambiente e o impacto social (…)” – Lívia Sitta, analista de insights do Google Brasil e líder do projeto
Ainda segundo Livia Sitta, o número baixo de brasileiros que afirmam já ter ouvido falar sobre ESG, aponta que tal prática ainda é primária por aqui. Para ela, o estudo mostra como é necessário as empresas e instituições começarem a debater sobre, e se portarem como informantes da importância dos três pilares para toda a comunidade.

“Na pesquisa, também percebemos que o consumidor começa a valorizar mais a prática quando ela traz algum benefício para si próprio, como qualidade de vida. É preciso comunicar os benefícios na prática.” – Livia Sitta

Qual a estratégia do Google por trás do portal?
Com o lançamento da Impact! ESG, o Google pretende auxiliar os consumidores com informações, dados e mais, para que esse conceito seja mais conhecido amplamente, além de ajudá-los em futuras tomadas de decisões. A priori, o objetivo da empresa foca em contribuir na expansão de consciência interna das companhias – incluindo, consultorias feitas pelo Sistema B.

“Nas conversas com os líderes, existiram questões que passavam por assuntos como por onde começar a investir e de que forma mensurar o impacto que promovido. Vimos que existe um grande hiato na forma como o mercado mensura. Surgiu, então, o desejo de sermos parceiros estratégicos dos nossos clientes com uma plataforma que pode exercer uma mobilização em frentes que vão gerar impacto positivo” – Livia Sitta

Não é novidade que o ESG veio para ficar e quem não se adaptar às novas tendências acabará ficando para trás, e agora com novas pesquisas surgindo podemos ter essa confirmação em números.

Qual sua opnião sobre? Sua empresa já investe em práticas da agenda? Conta em baixo nos comentários.

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