Atualmente a nível global, o crescimento de fintechs é uma realidade muito bem sucedida em números. Segundo o estudo de janeiro de 2022 “Pulse of Fintech H2 2021” pela empresa KPMG (Prestação de serviços profissionais, contando com as empresas Audit, Tax e Advisory Services), o valor total de investimentos nessas startups, apenas nas Américas, alcançou um número esplendoroso em 2021 – somando 2.660 negócios- totalizando US $105 bilhões em investimentos (só no mercado brasileiro em 2020 foram US$187,6 milhões).
Já o esperado para 2022, ainda segundo a KPMG, é de um grande avanço de negócios fechados dentro desse setor, liderados por essas fintechs, sobretudo na América Latina. Isso porque, essa região possui uma geografia em que os negócios focados em soluções digitais têm destaque por conta de sua variedade de aplicações e soluções voltados a públicos mais abrangentes e divergentes.
Tudo isso, leva a cada vez mais as logtechs a ganharem mais espaço no mercado. As logtechs, startups que aplicam tecnologia de maneira inovadora na cadeia de logística, vêm ganhando cada vez mais atenção no mercado de fusões e aquisições e de investimentos.
Em território brasileiro, o crescimento desse setor de fintechs percorre seu caminho com obstáculos até chegar ao avanço com soluções digitais em setores, que muitas vezes são reconhecidos como mais tradicionais, como o mercado de logística. Mesmo assim, em 2020 o Brasil registrou cerca de 283 startups da área de logística, e em 2021, esse número atingiu a marca de 300.
Além do mais, mesmo que em tempos de pandemia, a área estava entre as que mais conseguiram investimentos financeiros altos, como por exemplo em 2021, que contabilizou mais de US$ 187,6 milhões investidos.
Esse aumento do segmento se deve principalmente pelos tantos avanços tecnológicos aderidos e pela criação de novas soluções – muitas vezes nem tidas como necessárias – voltadas para dores já existentes e as mais atuais que vem surgindo, além da prestação de auxílio para áreas que se vem crescendo muito nos últimos tempos, como o setor de delivery (iFood, Rappi, etc) e o e-commerce, ou seja, indo de gestão de galpões ao delivery
“A principal vantagem competitiva do mercado está em reconhecer o relacionamento de parceria com as logtechs. Ao investir em novas tecnologias e modelos de negócios, conseguimos solucionar diferentes entraves nas cadeias de distribuição, que garantem principalmente a gestão apropriada de meios que influenciam nos resultados’’ – Carolinne Couto, co-fundadora e CMO da KPL Supply Solution
Não apenas se tornou uma tendência para se estar atento aos negócios B2B, mas também para clientes finais, afinal, essas empresas objetivam otimizar tempo das entregas e garantir a integridade e eficiência de processos, o que afeta diretamente ambos os lados. O que elas possuem de diferenciais, seja facilitando identificações de pacotes, gerenciamento de estoque ou até oferecendo novas opções de coleta e retirada, essas empresas dão a esse mercado de logística soluções de alto valor. Em suma, o que mais as destacam é: tirá-las da dependência de operações manuais, adicionar ferramentas -softwares, recursos- tecnológicos que transformam completamente a maneira que atuam, redução de problemas nas entregas, e consequentemente gastos, rapidez na entrega no menor tempo possível, o que hoje, é uma grande vantagem competitiva. E de acordo com a Abralog, o Brasil perde em média U$9 bilhões anualmente pela falta de eficiência e modernização do seu setor logístico.
“A logística faz parte de toda a cadeia produtiva dos negócios, o que também significa que devemos olhar com atenção para a experiência final do usuário, que rege a principal mudança no ecossistema de inovação entre os serviços. As otimizações estão por toda a cadeia de suprimentos, desde o processo de armazenagem até a entrega, mas, para que todo esse sistema funcione, devemos estar atentos a digitalização de processos, fator essencial para a desenvolvimento e expansão das logtechs’’ – Carolinne Couto
Sendo assim, as logtechs vão muito além de armazenamento e transporte de cargas: elas são responsáveis por soluções estratégicas que agregam de forma única para o crescimento do setor como um todo -além das próprias empresas contratantes- sobretudo atuando em cargos que modernizem e atualizem os serviços prestados para diferentes áreas, entregando assim cada vez mais inovação e desenvolvimento.
5 logtechs em destaque em 2022
Esse ano, as logtechs não defasam, muito pelo contrário, continuam em alta. Conheça cinco delas para ficar de olho:
CargOn
A CargOn, é uma logtech que atua como operadora logística digital com gerenciamento de transporte de indústrias e transportadoras. Há apenas 20 meses no mercado, possui uma curva de crescimento de 45% ao mês e tem etimativa de ultrapassar os R$ 8 milhões de faturamento este ano.
goFlux
A goFlux consegue digitalizar todos os processos logísticos, qualifica transportadoras, pré-homologa fornecedores e fornece modalidades para negociar fretes, além de possuir um modelo que permite ganhos de escala tanto para embarcadores quanto transportadoras.
Cargo Sapiens
A startup Cargo Sapiens oferece soluções para otimizar processos de cotação e compra de frete internacional, aéreo, marítimo, e multimodal, sendo possível consolidar e suportar a complexidade da precificação dos operadores de logística internacional.
CARGOSNAP
Essa logtech reduz em até 300% o tempo que levaria para coletar evidências e realizar checklists que constam em processos de logística, focando na redução de prejuízos e reclamações na transportação de cargas.
Frete Rápido
A Frete Rápido é o primeiro software de transporte com 100% dos dados guardados na “nuvem” da América Latina. A startup conecta empresas B2B, B2C e D2C (, e-commerces, varejos, operadores logísticos, etc) a transportadores, por isso consegue entregar automação, redução de custos e escalabilidade, com tecnologias para a pré/pós-venda e gestão.
Você já está atualizado sobre esse mercado de logtechs? O que você acha do enorme crescimento que vem surgindo desse setor? Comenta aqui embaixo suas expectativas para os próximos anos.